terça-feira, 7 de setembro de 2010

Em Alcácer do Sal no passado fim-de-semana

Os homens do mar vão ser abençoados por Nossa Senhora do Castelo e Nossa Senhora de Tróia na IV Romaria e Procissão no rio Sado, que se realiza dia 4 de Setembro em Alcácer do Sal.
A iniciativa, promovida pela Junta de Freguesia de Santa Maria do Castelo e com o apoio do Município de Alcácer, começa às 21h30 com a celebração de missa na igreja de Santa Maria do Castelo. Seguidamente, a imagem de Nossa Senhora do Castelo parte em procissão até ao rio Sado acompanhada pela Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer, passando pelo Largo Cornélio Bocho e Estrada de Santa Luzia.
Uma vez no cais da Ribeira Velha, a imagem junta-se à de Nossa Senhora de Tróia e ambas são levadas em embarcações para abençoar os pescadores, dando continuidade à procissão por via marítima. As embarcações engalanadas que vão acompanhar as Santas provém de Alcácer do Sal, Carrasqueira, Tróia e Setúbal. Esta grande manifestação religiosa pode também ser acompanhada por quem não tiver barco, ao longo da margem do Sado, repetindo o cenário de outros anos, em que centenas de pessoas se dispersaram ao longo da muralha do rio numa autêntica moldura viva.
Nesta quarta edição, o programa da iniciativa inclui ainda animação pela noite dentro. Para as 21h está agendado um baile com o acordeonista Ricardo Laginha, na margem sul do rio. À mesma hora actua na Ponte Pedonal o Rancho Folclórico de Alcácer, seguindo-se o Coro da Universidade Sénior e a banda da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba.
O evento encerra com um espectáculo de fogo-de-artifício.



http://www.maisportugal.com/romaria-e-procissao-no-rio-sado/

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Uma festa bonita!

Estou de regresso da Caldeira de Tróia com a fé renovada e o conforto e esperança que só aqueles dias me dão.

Foram dias de alegria, convívio, orações e devoção perante a Nossa Senhora de Tróia. Na partida de Setúbal do círio para a Caldeira de Tróia no sábado houve alguns percalços pois as embarcações destinadas para transportar as imagens tiveram alguns impedimentos, mas com boa-vontade correu tudo bem. Á noite a procissão pela praia, enquanto se rezava o terço foi um momento muito bonito, sem duvida um momento a manter.

No Domingo a missa e procissão pela praia foi das mais concorridas pelos devotos, apesar de existir uma grande "disputa" por quem transporta as imagens (existe sempre quem se agarra a um andor e já não deixa ninguém o levar, mas com a imagem de N. Sra. de Tróia isso não acontece e eu consegui levar a N. Sra.  um bocadinho =D !!) foi evidente o respeito pela cerimónia e a crescente presença de crianças tanto na missa como ao longo procissão, até porque será das agora crianças o futuro daquela festa.



Na tarde de domingo tiveram parte os jogos na praia, nomeadamente as construções na areia, jogo da corda, jogo da corrida de sacos, estes últimos tanto para adultos como para crianças, e houve ainda o jogo da caça ao pato, que este ano aconteceu sem percalços! Os prémios foram t-shirts, oferecidas pelas entidades que patrocinaram a festa quem não irei nomear pois tenho receio de me esquecer de alguma, e  obviamente no jogo da caça ao pato, o respectivo pato para quem o apanhou. Houve ainda jogos de perguntas sobre a festa e outros desafios colocados aos veraneantes que se encontravam a acampar na Caldeira que alguns estabelecimentos comerciais de Setúbal patrocinaram com ofertas várias. A Charanga animou a tarde, percorrendo a praia com música e animação, acompanhada por várias pessoas que a ela se juntam a dançar e a cantar.

Os bailes foram animados pelo André Patrão e tiveram bastante adesão, as noites amenas também ajudaram á presença de tantas pessoas no recinto do baile, tanto no 1º como no 2º dia. O Fogo de Artificio, á meia-noite em ponto, superou todas as expectativas, foi lindo lindo!! Tenho apenas uma sugestão, que foi apontada por várias pessoas, colocarem música em simultâneo ao fogo, recorrendo aos mecanismos de som já disponíveis que animam a festa pela voz de Graciano Guerreiro, ao longo dos 3 dias. Não sei se é possível e se tinha um efeito bonito, nem sei se já foi estudada essa hipótese, mas ficaria ainda mais vivo aquele momento.

Segunda-feira, último dia das festas, de manhã houve missa em honra dos pescadores, familiares e devotos que faleceram, á tarde foi a distribuição dos prémios pela embarcações engalanadas e a todas a embarcações que participaram na festa. Foi de notar que este ano não houve grandes ofertas para crianças, apenas uns binóculos, enquanto que o ano passado ofereceram brinquedos mais aliciantes, talvez por falta de apoios este ano isso não foi possível.



Este ano o círio da Caldeira para Setúbal, que passa pelo Hospital do Outão para abençoar os doentes ali internados, teve um inicio tardio, eram 18.30h mais ou menos quando saiu da Caldeira de Tróia, tal deveu-se á maré tardia, facto que a organização lamentou e assumiu responsabilidade aquando da marcação das datas da festa. A embarcação que transportou a N. Sra. de Tróia foi Os Dois Amores. Foi um círio calmo sem pressas e que contou com a presença de dois roazes do Sado que surpreendentemente surgiram na ré da embarcação, quando por norma o barulho de tantos barcos iria assustá-los. Os Setubalenses saíram de casa e foram até aos vários jardins e locais á beira-rio para verem as embarcações e também eles pedirem graças á N. Sra. do Rosário de Tróia.  Por volta das 21.30h regressámos á Caldeira, transportou-se as imagens para a capela e fez a despedida a N. Sra. de Tróia e a todos os santos ali representados com a esperança de que para o ano lá estaremos outra vez para honrá-los e agradecer-lhes pelas graças que temos durante o ano.


Agora alguns apontamentos sobre a organização e afins:
  • Fazia falta um vidrão para separação do vidro, é uma festa que faz muito lixo e seria importante existir pelo menos essa separação, visto o consumo de bebidas engarrafadas ser elevado naqueles dias.
  • As casas de banho estavam semi-asseadas, gostaria de ali ver casas de banho como já se vê em outros certamos, do tipo Pré-fabricados e com água canalizada, mas  isso acredito que apenas vá ocorrer quando restaurarem o palácio e fizerem na Caldeira o Eco-resort como está planeado pela Sonae, só espero que isso não signifique o fim da Festa como a conhecemos, seria uma pena.
  • Infelizmente a Caldeira continua um cemitério de embarcações, desde sempre vi aqueles "esqueletos" de barcos pela praia, é um cenário lamentável para um local tão bonito, que tem potencial para ser um paraíso, as entidades responsáveis fecham os olhos mas quem lá passa não o faz, é de facto lamentável.
  • A praia não estava nas suas melhores condições, muitos vidros na areia, lixo, já vi a Caldeira em melhores dias.


Apesar destas questões, algumas já antigas, o espírito da festa esteve presente, e quem faz a Festa são as pessoas! E para o ano, se tudo correr bem, há mais!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Um pouco de história...

São vários os documentos que se referem a uma capela ou a festas na Península de Tróia, deixando a descoberto altos e baixos e até hiatos no tempo.

Pedro de Azevedo, na revista O Arqueólogo Português, de 1897, fala da existência de um ermitão – e, portanto, de uma ermida – em Tróia, em 1482, baseado num documento da chancelaria de D. João II. Quer isto dizer que a festa já era celebrada há mais de 500 anos... Como prova histórica de tudo isto, existe ainda a porta que separa as duas pequenas sacristias da capela actual, num gótico tardio de finais do século XV e que certamente integrava a capelucha de então.

A visitação da Ermida de Nossa Senhora de Tróia, de 1510, feita pela Ordem de Santiago (Fundação Gulbenkian, 1969) fala do recheio e de alfaias da capela (bastante volumoso) e do abandono em que caíra a mesma capela, nessa altura, consequentemente, há cinco séculos. A Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, fundamentando-se em André de Resende, no seu De Antiquitatibus Lusitanaiae, afirma que já existia a capela nos finais do século XVI, em que se celebrava a festa de Santa Maria de Tróia. Esta referência indica-nos que estas festas foram sempre dirigidas a Nossa Senhora, mas com invocações muito diferentes, de século para século.

Pinho Leal, em Portugal Antigo e Moderno, também aponta para finais do século XVI a fundação da capela. Vê-se que estes dois autores desconheciam as fontes anteriores.

Frei Agostinho de Santa Maria, em Santuário Mariano, de 1707, fala de uma festa a 15 de Agosto na capela de Tróia, feita pelos moradores de Setúbal.

O Pároco de São Sebastião, em Informações Paroquiais, de 1758, cita duas festas em Agosto, celebradas em Tróia, uma de camponeses e outra de marítimos, sob o nome de Nossa Senhora dos Prazeres, sendo ele responsável pela Península de Tróia. O capelão, diz ele, foi colocado ali por D. João V.

M. M. Portela, no Diário Histórico Setubalense, de 1915, fala da trasladação, em 1853, de uma imagem de Nossa Senhora de Tróia para Setúbal, que estava na capela junto das ruínas de Cetóbriga.
O Elmano, de 10 de Setembro de 1898, noticia a reconstrução da capela e o regresso da imagem depois de ter estado 45 anos na capela de Nossa Senhora da Boa Morte. Quer dizer que, entre 1853 e 1898, a capela situada nas ruínas, no mesmo local em que está hoje, esteve degradada. Poucos dias depois, fala da festa de pescadores, presidida pelo pároco de Melides. O jornal O Trabalho refere-se à festa de Tróia, em 1901 e 1902.

Entre 1902 e 1929 escasseiam documentos e a imprensa local é omissa. Este facto – praticamente até 1945 – pode dever-se ao facto de a festa ser feita pelo pároco de Melides, não pertencendo a Setúbal, diz Jaime Pinho, em Entre Urzes e Camarinhas, as festas da Arrábida e de Tróia.

o entanto, João Afonso Lopes (o "João Sacristão"), homem bem informado e testemunha ocular, afirma que a última vez que a festa foi feita foi em 1928 – tinha ele 14 anos – e que não voltou a fazer-se até que, em 1945, os sacristães da cidade, liderados por ele, retomaram a festa, a 15 de Setembro, presidida pelo padre Nabais, dos Padres do Coração de Maria, organizando eles a festa até 1947. Em 1948 entregaram-na aos pescadores que a têm organizado até aos dias de hoje.

Da capela primitiva do séc. XV resta apenas um arco gótico. Na sacristia existe um ex-voto pintado por F. A. Flamengo no início deste século. A capela só se encontra aberta no mês de Agosto, durante a festa, altura em que se realiza uma procissão.

in Alentejo Litoral

http://www.alentejolitoral.pt/PortalRegional/Turismo/Patrimonio/Paginas/CapeladeNossaSenhoradeTroia.aspx

 sem data

 sem data

 Agosto 1988

Agosto 1992

Agosto 1992

Barcos Engalanados Coloriram o Sado e Pediram Sorte à Padroeira - Noticia de 2004

Durante três dias milhares de pessoas encheram as margens do Sado, na Península de Tróia, para viverem mais uma festa em honra da senhora do Rosário. Discreta, quase íntima na sua vertente familiar passada à volta de tendas e patuscadas, esta tradição da comunidade piscatória do estuário sadino vira-se à cidade no seu último dia e transforma-se num cortejo cheio de cor e alguma fé.
Pouco faltava para as 16h30 quando os barcos se começaram a alinhar na Caldeira para dar início ao momento mais emocionante das Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia.

Já no século XVI se fazia referência à festa de Santa Maria de Tróia. Por este nome depreende-se que as festividades foram sempre dirigidas a Nossa Senhora, mas com invocações diferentes. Reza a lenda que há muitos anos "havia duas festas, uma dos camponeses da Comporta e do Carvalhal, e outra dos pescadores de Setúbal". Mas, conta Armando Oliveira, presidente da comissão organizadora, houve uma altura em que a primeira acabou e houve um interregno na dos pescadores. Foi nesse período que um pescador vinha de regresso de Tróia em direcção a Setúbal e fez-se um ciclone. "O homem abrigou-se debaixo do nicho de Nossa Senhora, salvou-se e garantiu que a festa não se deixaria de fazer a partir daí". Assim foi, pelo menos durante uns anos, já que mais tarde houve nova interrupção e foram os sacristães de Santa Maria, de São Julião, de São Sebastião e da Anunciada que retomaram a festividade, há 75 anos.

Este ano, coube à "Jonas David", a maior e mais recente embarcação de pesca de Setúbal, o privilégio de transportar a imagem que protege os pescadores do desgosto e da má sorte. "É uma grande responsabilidade", confessou o mestre Manuel Biscaia, enquanto a contemplava saindo da velha capela da Caldeira de Tróia - uma larga baía recortada no interior do estuário do Sado, junto às ruínas romanas.

Ali esteve a receber os pedidos, as velas, as confissões, durante os três dias da festa, para ontem seguir na proa de uma procissão que todos os anos junta mais de uma centena de embarcações engalanadas e emociona quem, nas margens do Sado, a vê passar.

Saindo de Tróia ruma-se ao Hospital Ortopédico de Sant'Iago do Outão, onde os doentes esperam nas varandas para acenar à Senhora do Rosário. Em cima do "Jonas David", o Bispo de Setúbal, D. Gilberto Canavarro dos Reis, reza pelos que ali sofrem, para logo a seguir dar lugar à alegria da banda que também segue a bordo. Foguetes irrompem pelo ar a cada instante, anunciando para Setúbal que a procissão está prestes a chegar.
E assim se vão juntando centenas de pessoas ao longo da margem, crentes ou simples curiosos, elevando os lenços brancos, lançando flores ao rio em memória dos que morreram no mar, velando as lágrimas, sussurrando orações. De quando em vez, os barcos alinham lado a lado voltados para terra, como que devolvendo os cumprimentos nos olhos das pessoas.

É assim todos os anos, e assim deverá continuar a ser, mesmo que a pesca vá perdendo o peso que outrora teve nas gentes de Setúbal. Para Carlos Beato, presidente da Câmara de Grândola - o município a que pertence a península de Tróia - este é também um evento com um "grande peso turístico, que infelizmente não tem a visibilidade que deveria ter".

Para os pescadores, o mais importante é não deixar morrer a tradição centenária. António José "Pataca", 65 anos, já não levou o seu "Esperança em Deus" este ano, mas nem por isso deixou de marcar presença naquele que considera ser "o maior e melhor círio de Portugal", que ainda não perdeu a esperança de ver transmitido na televisão.

"É muito barco. É lindo", descreve, comovido. De Nossa Senhora, o mestre Pataca garante ter tido protecção "mais do que uma vez", em situações difíceis no mar. E por isso volta sempre, para pedir "saúde e sorte para todos". O mesmo vem pedir a cunhada, de 73 anos, que "desde sempre" conhece as festas de Tróia, ainda do tempo em que as tendas do acampamento eram feitas com as velas dos barcos.

Agora já não bem assim, que o areal da caldeira enche-se no fim-de-semana da festa com tendas organizadas por grupos de familiares e amigos e muitas vezes instaladas em círculos fechados frente à embarcação a que estão ligados. Os que não conseguem espaço nas imediações da capela recorrem a uma área de campismo criada para o efeito junto à estrada que vai de Tróia à Comporta e que é servida por um autocarro, praticamente o único veículo autorizado a aproximar-se do local da festa. O trajecto de dois ou três quilómetros é feito em sistema de vaivém e é gratuito.

"Enquanto tiver perninhas, hei-de vir, até morrer", garante a mulher de um pescador que morreu no mar há mais de 40 anos. "É uma fé muito grande que temos cá dentro", confessa.

Uma fé que vai ter de esperar mais um ano, até às primeiras semanas de um novo Agosto, quando as marés voltarem a permitir que os barcos de maior porte possam entrar na Caldeira. Uma fé que vai passando de geração em geração, mesmo que o percurso da procissão já seja feito de mota de água.

E assim se vão juntando centenas de pessoas ao longo da margem, crentes ou simples curiosos, elevando os lenços brancos, lançando flores ao rio em memória dos que morreram no mar, velando as lágrimas, sussurrando orações. De quando em vez, os barcos alinham lado a lado voltados para terra, como que devolvendo os cumprimentos nos olhos das pessoas.

in jornal Público, 03 de Agosto de 2004 – texto de Cláudia Veloso
http://www.geocities.com/j.aldeia/barcos/nsrosario_troia.html

Entretanto na outra margem do rio...

 3ª edição das Festas Populares de S. Sebastião

Uma festa do povo que mostra ao forasteiro a autenticidade dos setubalenses”

As Festas Populares de S. Sebastião, que têm início esta sexta-feira, prolongam-se até ao próximo dia 22 de Agosto e unem, pelo terceiro ano consecutivo, duas festas - a Festanima e a Festa de Nossa Senhora do Rosário de Tróia, uma em cada margem do rio Sado. Com identidades e características próprias, ambas as festas prometem animação musical, gastronomia regional e muito convívio.
“Este ano, foi com alguma dificuldade que conseguimos pôr de pé a festa”, confessou Joaquim Oliveira e Costa, presidente da Associação das Festas Populares de S. Sebastião, que este ano esteve encarregue de organizar o evento.

Ainda assim, de acordo com o responsável, a Festanima, com inauguração marcada para sexta-feira, conseguiu um orçamento de cerca de 12 mil euros, equivalente ao ano anterior.
Nesta 8ª edição, a Festanima surge com algumas alterações, nomeadamente ao nível dos pavilhões, que são “mais pequenos, mas de maior qualidade e com mais segurança”, explica o dirigente.
Relativamente ao cartaz, Joaquim Costa adiantou que, tratando-se de “uma festa bairrista” e pela proximidade de datas em relação à Feira de Sant’Iago, “não permite que se arrisque um elenco artístico diferente do apresentado”. O presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião acrescentou que “a ideia é oferecer aos turistas o melhor de Setúbal”, daí que se contratem os artistas da terra. Além disso, refere Carlos Almeida, “as pessoas não vêm pelo espectáculo, mas pela solidariedade humana”.

No que respeita ao número de visitantes, o autarca diz esperar que este ano haja mais que em anos anteriores, altura em que se registaram cerca de cem mil. Isto porque, de acordo com o presidente da junta, “muitos não têm possibilidade sequer de ir até ao Algarve, vão ficar pela região e vão presentear-nos com a sua presença”. “Estas festas são um hino de Setúbal, do rio e da sua gente, umas festas do povo que mostram ao forasteiro a autenticidade dos setubalenses”, expressou o presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião. Carlos Almeida revelou ainda que as festas deste ano, mas sobretudo as do próximo, que estão a ser preparadas, vão ser “uma coisa de verdadeira arromba!”. Jorge Nice, Quinzinho de Portugal, Irmãos Cabanas, Luís Portela e Gritos Mudos – Tributo a “Xutos e Pontapés”, são alguns dos artistas que participam na Festanima deste ano.

Outra novidade é o lançamento de um livro, durante a Festanima. Nesse “momento de cultura” programado, Augusto Martins, natural do Torrão, mas residente em Setúbal desde 1975, apresenta o seu livro, intitulado “Breve História do Bairro Santos Nicolau”, onde se mostram “imagens e histórias de vida do bairro”, indica Carlos Almeida. Na sua intervenção, o vereador André Martins, enalteceu o trabalho realizado por todos os que colaboraram na elaboração destas festas “que são participadas, realizadas e devem a sua grandeza, em grande parte ao movimento associativo”. 

Também presente na conferência de imprensa esteve Canas Gaspar, representante do proprietário do barco “Évora”, onde, mais uma vez, se realizou a apresentação das festas. O responsável pela empresa turística revelou que, com a ajuda da Secil, Ipodec e Jotum, o barco “Évora” ofereceu à junta de freguesia 150 ingressos para a viagem de ida e volta para as procissões na Festa de Tróia. “O lavo principal desta iniciativa, de cariz gratuito, é a população mais carenciada”, revela Canas Gaspar que adianta ter a esperança de poder criar um “evento especial”. Esse evento consiste em organizar um espectáculo nocturno de fados, a ter lugar no tombadilho do barco, que ficará atracado junto à Caldeira, em Tróia, este sábado. No entanto, o empresário ainda aguarda confirmação de várias entidades para poder avançar com o projecto.



Vera Gomes
in O Setubalense 11-08-2010
http://www.osetubalense.pt/noticia.asp?idEdicao=523&id=17842&idSeccao=3923&Action=noticia

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Círios fluviais voltam a ligar as margens do Sado

As embarcações que vão transportar os andores

O transporte das nove sagradas imagens é um momento alto, tão bonito quanto solene, desta festa setubalense das famílias do mar.

No próximo sábado, pelas 16 horas, depois da missa celebrada na igreja de S. Sebastião, a procissão sairá do templo religioso localizado no bairro S. Domingos rumo à doca das Fontaínhas, onde os andores subirão a bordo das embarcações, rumo à Caldeira de Tróia.

Particularmente as embarcações que transportam, na proa, as sagradas imagens preparam-se antecipadamente para a cerimónia, com pinturas e ornamentos.

Vejamos quais os pesqueiros que transportarão as imagens, quer na tarde (16 h.) deste sábado, quer depois, no final da tarde de segunda-feira (18 horas), no sempre magnífico círio fluvial de regresso a Setúbal:

Fontaínhas-Caldeira: Nossa Senhora – Barco “Ana Fernandes”; São Pedro – Barco “Mãe do Mar”; Sagrado Coração de Jesus – Barco “Joi”; São Sebastião – Barco “Galarim”; Menino Deus – Barco “Pajó”; São José – Barco “Cinco Estrelas”; São Vicente – Barco “Jovem do Sado”; Anjo da Guarda – Barco “Fama”; Senhora da Conceição – Barco “Como Deus Quiser”.

Caldeira-Setúbal: Nossa Senhora – Barco “Dois Amores”; São Pedro – Barco “Rio Sul”; Sagrado Coração Jesus – Barco “Rio Verde”; São Sebastião – Barco “Filipe e Pedro”; Menino de Deus – Barco “Pajó”; São José – Barco “Nabo”; São Vicente – Barco “Baiana”; Anjo da Guarda – Barco “Maria da Ajuda”; Senhora da Conceição – Barco “Senhora do Amparo”.


T.J.

in O SETUBALENSE 09/08/2010





quinta-feira, 29 de julho de 2010

Podiam viver sem aqueles dias? Podiam, mas não era mesma coisa!

O ano passado comprometi-me a juntar os talões de todos dos gastos de acampamento, agarrar na calculadora e dizer em média quanto gasta um casal a acampar na Caldeira durante as festas de Nossa Senhora da Tróia.

Juntei os talões das mercearias, do Carvão, Botija de gás (nós levamos grande, mas aqui também poderia ser uma pequena), fiz uma média diária para Gasolinas (barco e carro) e /ou bilhetes de ferry-boat, Peixe-fresco (que não é para todos os dias), gelo para a arca frigorífica, Saladas e pão. O resultado é surpreendente: um casal gasta em média para 4 dias, e apenas em comida, bebida e transportes - 50€ (e atenção que não é a comer latas de atum todos os dias!!)!!

Ora ainda faltam os gastos com a tenda, fogareiro, cozinha (se for esse o caso), sacos-cama, colchão, cantil, tudo "investimentos", digamos que o 1º ano a acampar saí um cadito mais caro.

Agora toca a preparar a merenda!! Já falta pouco!

Cartaz das Festas - para os mais distraídos!

sábado, 24 de julho de 2010

De volta!

Meus caros!

Estamos em preparativos para mais um ano!!! Já marcaram férias para a 2ª semana de Agosto? A Festa será nos dias 14, 15 e 16 de Agosto!

Ainda não tenho o cartaz deste ano mas o plano de festas é sempre o mesmo, aqui fica o resumo dos dias na Caldeira (perdoem-me se faltar alguma coisa):

Sábado - 14 de Agosto

8:00 - Alvorada em Setúbal

15:00h - Missa na Igreja de S. Sebastião

16:00 - Procissão pelas ruas das Fontaínhas até ao Porto de Setúbal - Procissão pelo mar até á Caldeira de Tróia

21:30 - Terço pela Praia em Honra de N. Sra. de Tróia

22:00 - Bailarico


Domingo - 15 de Agosto

8:00 - Alvorada na Caldeira de Tróia

9:00 - Animações na Praia

10:00 - Missa no Recinto do Antigo Palácio

11:00 - Procissão pela Praia

15:00 - Charanga, jogos e animações na Praia (caça ao pato, dança, entre outros)

21:30 - Terço em Honra de N. Sra. de Tróia na Capela

22:00 - Bailarico

24:00 - Fogo de Artifício


Segunda-feira - 16 de Agosto

8:00 - Alvorada na Caldeira de Tróia

10:00 - Jogos na Praia, Caça ao Pato para senhoras, Construções na areia

16:00 - Partida do Círio - Procissão pelo mar até ao Outão (bênção dos doentes), ida ao Jardim da Beira-mar abençoar a N. Sra. do Cais, paragem no Porto de Setúbal bênção dos fieis e suas famílias - regresso á Caldeira de Tróia