sábado, 29 de agosto de 2009

Artigo de opinião - O Setubalense

Arquivo: Edição de 21-08-2009

SECÇÃO: Opinião

Nossa Senhora da Tróia

Dizem que esta Santinha foi encontrada enrolada na areia e foi apanhada por um pescador, que juntamente com os seus camaradas lhe construíram uma pequena e tosca capela. O aparecimento desta imagem na praia, deve-se a qualquer naufrágio que se tivesse dado na costa, pois os navios que faziam longas viagens traziam sempre a bordo a imagem de uma Santa e, como esta foi encontrada em Tróia, daí o nome de Nossa Senhora da Tróia.

Mas tudo isto data de muitos anos atrás, pois que se sabe que nos finais do século XVI, já existia a capela de Nossa Senhora de Tróia, realizando-se nessa altura duas festas, em Agosto todos os anos, sendo uma de camponeses, e outra de marítimos. E foi por ordem de D. João V, que ali foi colocado um capelão para que pudesse dizer a missa.

Esta Imagem foi transferida da sua ermida junta às ruínas de Cetóbriga em 1853 para Setúbal ficando na igreja da Boa-Morte (que hoje já não existe) onde esteve 45 anos, até se fazer a actual capelinha que se encontra ainda na Caldeira da Tróia, desde 1898, começando a realizar-se as festas e procissões em honra de Nossa Senhora da Tróia a partir de 1946, que até presente perfaz 63 anos de festas pelo mar. Aliás esta procissão pelo mar sofreu um interregno de: 1974 a 1980 por motivos, que como é óbvio todos sabemos. Mas, a partir dai tudo se normalizou, e nós os que defendemos as tradições e cultura da nossa terra, julgamos que vamos ainda ter por muitos anos a tradicional e antiga procissão pelo mar trazendo a imagem de Nossa Senhora da Tróia em frente há fortaleza também ela secular, que desde o ano de 1900 foi doada pela Rainha D. Amélia para ser transformada em Sanatório do Outão, com o fim de receber crianças doentes.

Actualmente funciona lá o Hospital Ortopédico de Sant’iago do Outão. Façamos votos para que as boas vontades continuem todos os anos por esta altura, para que Nossa Senhora da Tróia vá pelo mar (de onde ela veio segundo história ou lenda) para abençoar os nossos doentes e…não só.

Só vou acrescentar o porquê de eu hoje escrever esta história. Foi porque adorei aquele livro feito com a colaboração dos alunos da Escola Secundária D. João II, tem aquelas fotos fabulosas do nosso inesquecível Américo. “Quando a Tróia era do Povo” acordou em mim os tempos que passei na Minha querida Caldeira, chegávamos na primeira semana de Julho e regressávamos na última de Setembro. Foi muito bom eu ter recordado esta fase linda da minha sociedade e como tal acabo desejando que todos aqueles que colaboraram no livro façam o favor de ser felizes.
Glória Zorro

O Fado da Caldeira

Perguntaram-me outro dia
Se era boa a brincadeira
Que sempre aqui se fazia
Na nossa querida Caldeira
Respondi sem hesitar
Com grande satisfação
Que se passava a brincar
A temporada de verão

Refrão
Tardes amenas
Noites serenas
Isto é caldeira
Gente modesta
Mas sempre em festa
Isto é Caldeira
Pois toda a gente
Entra contente
Na brincadeira
Rir e folgar
É a divisa
Cá na Caldeira

São três meses de folia
E de sã camaradagem
Banhos de mar e sol de dia
Á noite uma fresca aragem
O tempo aqui na caldeira
É de chuva, vento, sol e calor
Há respeito e brincadeira
Cabo de mar e regedor

Refrão
Rapazes e raparigas
E Família muito sérias
Para descansar as fadigas
Vêm aqui passar as férias
E quando tudo partir
Em franca fraternidade
Todo ano vão sentir
Desta Caldeira Saudade

Ano de 1951

Música: Tudo isto é fado
Letra: Glória Zorro
Canta: Mariana Pereira

Fonte: http://www.osetubalense.pt/noticia.asp?idEdicao=369&id=12756&idSeccao=2904&Action=noticia

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

É preciso levar a casa toda??

Já estou de partida para Tróia. As malas já estão feitas...as compras também!
Não há nada como sacudir as tendas e passar os sacos-cama por água!
Amanhã é dia de montar acampamento. A abalada é bem cedo, e provavelmente só mesmo á noitinha é que vamos ter o acampamento pronto. Depende do número de pessoas que forem ajudar na montagem!
Não sei ao certo quantos dias iremos ficar por lá mas "comes e bebes" não vão faltar com certeza! Vai quase a casa toda hehehe e mesmo assim a gente esquece-se sempre de alguma coisa! Para mim basta umas bolachinhas para a noite, um frasco de sal para ir apanhar o petisco para o almoço e a garrafinha de moscatel, companheira de aventuras.
De acordo com o instituto de meteorologia esperam-nos umas noites bem fresquinhas e uns dias muito quentes (demasiado talvez) e chuva nem vê-la, mas temos de ir preparados para tudo, não seria a primeira vez que ficávamos com as tendas ensopadas.

Bem vou tratar de arrumar o resto da tralha!

Até breve!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sagrado Coração de Jesus


"Sagrado Coração de Jesus é uma devoção praticada pela Igreja Católica que se comemora todas as primeiras Sextas-feiras de cada mês. Consiste na veneração do Coração de Jesus.

A origem desta devoção deve-se a Santa Margarida Maria Alacoque, uma religiosa de uma Congregação conhecida como Ordem da Visitação. A Santa Margarida Maria teve extraordinárias revelações por parte de Jesus Cristo, que a incumbiu pessoalmente de divulgar e propagar no mundo esta piedosa devoção. Foram três as aparições de Jesus: A primeira, deu-se a 27 de Dezembro de 1673, a segunda em 1674 e, a terceira, em 1675.

Jesus deixou doze grandes promessas às pessoas que, aproveitando-se da Sua divina misericórdia, participassem das comunhões reparadoras das primeiras sextas-feiras. Disse Ele, numa dessas ocasiões a Santa Margarida: "Prometo-te, pela Minha excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso do meu Coração, conceder a todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final; não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os sacramentos, e Meu Divino Coração lhes será seguro refúgio nessa última hora"."

Fonte: Wikipédia

"Na verdade, o coração de Jesus é o centro de sua pessoa e seu mistério. Através desse coração, Jesus de Nazaré, Deus encarnado no meio de nós , se comunicava ardente de amor com seu divino Pai e derramava sua amorosa compaixão sobre todos aqueles e aquelas que dele se aproximavam necessitados de cura, consolo ou vida em abundancia. A cristologia (a parte da teologia que reflete sobre este mistério da pessoa de Jesus Cristo)não se desenvolve apenas conceitual e especulativamente. Assim é que um método meramente histórico-crítico positivo não dá conta de toda a complexidade da figura de Jesus de Nazaré e de seu significado para a fé cristã e a teologia."
Fonte: wwwusers.rdc.puc-rio.br/agape/vida_academica/artigos/amai/sagradocoracao.PDF

Pescador do Lago da Galileia

Naquele cais da Galileia deixou os pais
Deixou a areia e foi pescar a outro mar.
Um a um muitos, alegres, juntos os pescadores
Foram pescar a outro mar peixes melhores.

Refrão: Ó pescador do lago da Galileia,
deixa teu barco na areia e vai homens pescar. (BIS)
E tu, sonhador de não importa donde,
deixa tudo e responde, o Mestre está-te a chamar.
Deixa tudo e responde, o Mestre está-te a chamar.

Ei-los que vão aos mares todos pescando à mão
e de outros modos, pesca de luz que ao céu conduz.
Esta é a festa, esta é a pesca da Santa Igreja,
pesca ditosa, miraculosa, bendita seja!

Refrão

No mar do mundo, no mar sem fundo, no mar em flor,
houve uma festa, houve uma pesca, pesca de amor.
Ei-los cantando no mar dançando os pescadores
Madrugadores na barca cheia da Galileia.

Refrão

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

São Vicente de Paulo - "Pai dos Pobres"

foto de 2007

"Vicente nasceu no dia 24 de Abril de 1581; foi baptizado no mesmo dia de seu nascimento, nasceu na aldeia de Pooy, perto da cidade de Dax, sul da França. O Sr. Vigário aconselhou a seu pai para colocar o garoto Vicente em numa escola; via nele um grande futuro, devido sua inteligência. O pai, que era bem ambicioso, colocou-o em um colégio religioso, desejando que ele fosse padre e ser o [sustento] da família. Foi matriculado em um colégio de padres Franciscanos, na cidade Dax, onde ele fez os estudos básicos.
Para seguir a carreira sacerdotal fez os estudos teológicos na Universidade de Tolusa. Foi ordenado sacerdote em 23 de Setembro de 1600. Continuou os estudos por mais 4 anos, recebendo o título de Doutor em Teologia.
Uma viúva que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou-lhe a sua herança, uma pequena propriedade e algum dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha. Ele foi atrás do devedor, encontrando-o recebeu grande parte do dinheiro; ia regressar de navio,mas na viagem o barco foi aprisionado por barcos de piratas turcos, e levados para a Turquia. Em Tunis foram vendidos como escravos. Vicente foi vendido para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, ele passou pra um seu sobrinho, que vendeu-o para um fazendeiro (um renegado) que antes era católico, e com medo da escravidão, adoptara a religião muçulmana. O patrão de Vicente, arrependido, propôs ao escravo a fugirem para a França. Esta fuga só foi realizada 10 meses depois.
[Na cidade de Avinhão] encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de padre e o renegado abjurou publicamente e voltou para a Igreja Católica.
Padre Vicente conheceu o padre Berulle, que mais tarde foi nomeado Bispo de Paris, e este indicou-o para vigário de Clichy, subúrbio de Paris. Paróquia pobre, a maioria de seus habitantes eram horticultores. Lá as missas eram bem participadas e o Padre Vicente instituiu a comunhão geral nos primeiros domingos o mês.
Com o auxílio da senhora De Gondi, funda a Congregação das Missões e a Confraria da Caridade; a primeira cuida da evangelização dos camponeses e a segunda daria assistência espiritual e corporal aos pobres, isto em 1618. Em Folevile funda uma Confraria de Caridade para homens, em 23/10/1620.

A Congregação das Missões surgiu espontâneamente. Padre Vicente conseguiu alguns colegas para pregações aos camponeses; exigia deles a simplicidade nas pregações, para o povo entender e rapidamente ela foi aumentando. Um cónego que dirigia um leprosário sem doentes ofereceu em doação os prédios do leprosário para residência dos padres. A instituição demorou de 1625 até 12 de Janeiro de 1633, quando recebeu a Bula do papa Urbano VIII, reconhecendo a Instituição.
Padre Vicente criou tantas obras, que em pouco tempo não é possível enumerá-las; a história de sua vida é uma beleza. Padre Vicente tinha quase 80 anos quando faleceu, dia 27 de Setembro de 1660. foto de 2008
Em 16 de Junho de 1737 foi canonizado pelo papa Clemente XII, e em 12 de maio de 1885 é declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.
Seu corpo repousa na Capela da casa-mãe – São Lázaro, em Paris."

Fonte: http://www.geocities.com/cmgvssvp/svicente.htm

Nossa Senhora da Conceição - Padroeira de Portugal


"Nas cortes celebradas em Lisboa no ano de 1646 declarou el-rei D. João IV que tomava a Virgem Nossa Senhora da Conceição por padroeira do Reino de Portugal, prometendo-lhe em seu nome, e dos seus sucessores, o tributo anual de 50 cruzados de ouro. Ordenou o mesmo soberano que os estudantes na Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum grau, jurassem defender a Imaculada Conceição da Mãe de Deus.
Não foi D. João IV o primeiro monarca português que colocou o reino sob a protecção da Virgem, apenas tornou permanente uma devoção, a que os nossos Reis se acolheram algumas vezes em momentos críticos para a pátria.

D. João I punha nas portas da capital a inscrição louvando a Virgem, e erigia o convento da Batalha a Nossa Senhora, como o seu esforçado companheiro D. Nuno Álvares Pereira levantava a Santa Maria o convento do Carmo.
Foi por provisão de 25 de Março do referido ano de 1646 que se mandou tomar por padroeira do reino Nossa Senhora da Conceição. Comemorando este facto cunharam-se umas medalhas de ouro de 22 quilates, com o peso de 12 oitavas, e outras semelhantes mas de prata, com o peso de uma onça, as quais foram depois admitidas por lei como moedas correntes, as de ouro por 12$000 réis e as de prata por 600 réis.

Acham-se também estampadas na Historia Genealógica, tomo IV, tábua EE. A descrição é a seguinte: JOANNES IIII, D. G. PORTUGALIAE ET ALGARBIAE REX – Cruz da ordem de Cristo, e no centro as armas portuguesas. Reverso: TUTELARIS RE¬GNI – Imagem de Nossa Senhora da Conceição sobre o globo e a meia lua, com a data de 1648, e; nos lados o sol, o espelho, o horto, a casa de ouro, a fonte selada e arca do santuário.
O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo papa Pio IX em 8 de Dezembro de 1854, pela bula Ineffabilis. A instituição da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição por D. João VI sintetiza o culto que em Portugal sempre teve essa crença antes de ser dogma.

Em 8 de Dezembro de 1904 lançou-se em Lisboa solenemente a primeira pedra para um monumento comemorativo do cinquentenário da definição do dogma. Ao acto, a que assistiram as pessoas reais, patriarca e autoridades, estiveram também representadas muitas irmandades de Nossa Senhora da Conceição, de Lisboa e do país, sendo a mais antiga a da actual freguesia dos Anjos, que foi instituída em 1589."

Fonte: http://www.arqnet.pt/dicionario/nsconcpad.html

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A Vida de São José

foto de 2008
"José nasceu provavelmente em Belém, o pai se chamava Jacó (Mt 1,16) e parece que ele fosse o terceiro de seis irmãos. José era um carpinteiro que morava em Nazaré. Com a idade de mais ou menos 30 anos foi convocado pelos sacerdotes do templo, com outros solteiros da tribo de David, para se casar. Quando chegaram ao templo, os sacerdotes colocaram sobre cada um dos pretendentes um ramo e comunicaram que a Virgem Maria de Nazaré teria se casado com aquele em que o ramo se desenvolvesse e começasse a germinar.
Maria, com a idade de 14 anos, foi dada em casamento a José, todavia ela continuou a morar na casa da família em Nazaré da Galileia ainda por um ano, que era o tempo pedido pelos Ebreus, entre o período do casamento e a entrada na casa do esposo. Foi ali, naquele lugar, que recebeu o anúncio do Anjo e aceitou: "Eis-me, sou a serva do Senhor, aconteça a mim aquilo que disseste" (Lc 1,38). Maria, colocou o seu esposo diante a uma maternidade que ela não podia explicar. Muito inquieto José combateu contra a angústia do suspeito e meditou até de deixá-la fugir secretamente (Mt 1,18) para não condená-la em público, porque era um esposo justo. Na verdade, denunciando Maria como adultera a lei previa que fosse lapidada e o filho do pecado morresse com ela (Levitino 20,10); Deuteronomio 22,22-24). José estava para actuar esta ideia quando um Anjo apareceu em sonho a fim de dissipar os seus temores: "José, filho de David, não temer de casar com Maria, tua esposa, porque aquele que foi [gerado] nela, vem do Espírito Santo" (Mt 1,20). Todos os turbamentos sumiram e não só, antecipou a cerimonia da festa de ingresso na sua casa com a esposa.
José e Maria partiram para a cidade de origem da dinastia, Belém. A viagem foi muito cansativa, seja pelas condições desastrosas, seja pelo estado de Maria já próxima à maternidade. Belém naqueles dias era cheia de estrangeiros e José procurou em todas as [estalagens], um lugar para a sua esposa mas as esperanças de encontrar [um local confortável que os recebesse]foram frustradas. Maria deu a luz ao seu filho em uma gruta na periferia de Belém (Lc 2,7) e alguns pastores correram para visitá-la e ajudá-la.
Chegaram depois os Magos do oriente (Mt 2,2) que procuravam pelo recém-nascido Rei dos Judeus. Vindo ao conhecimento disto, Herodes teve um grande medo e procurou com todos os meios de saber onde estava a criança para poder eliminá-la. Os Magos entanto encontraram o menino, estiveram em adoração e ofereceram os dons dando tranquilidade à Santa Família.
José morreu pouco antes que seu filho iniciasse a predicação. Não viu a paixão de Jesus no Golgota provavelmente porque não teria podido suportar a atroz dor da crucificação do Filho tanto amado.
José foi o pai terreno de Jesus e como tal teve que [responder]às necessidade da família, tutelar e crescer o seu filho adoptivo, sempre pronto a satisfazer os desejos de Deus conhecendo, em parte, alguns do seus desenhos.
Ele fez o impossível para que não faltasse nada à familia e como pai, para ensinar as coisas da vida ao seu filho. Deus não o deu um pai qualquer, ma uma alma pura, para que fosse de ajuda a uma cândida esposa e a um Deus encarnado.
Foi um trabalhador exemplar, um exemplo da seguir, conduziu a família em um porto seguro e soube guiá-la aos lidos e portos reparados, mesmo que fora as águas fossem turbulentas. Soube ser um digno companheiro para a sua esposa e se amaram com sentimentos tão puros que encantavam os Anjos dos Céus."
foto de 2008
"A Veneração especial a José começou na Igreja moderna ,onde escritos apócrifos passaram a relatar a sua história. O escritor Irlandês, do nono século Felire de Oengus comemora José, mas veneração a José só se espalhou no 15° século. Em 1479 ele foi colocado no calendário Romano com sua festa a ser celebrada em 19 de Março. Ele é considerado pelos devotos como padroeiro dos carpinteiros e na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um homem velho com um lírio, e algumas vezes com Jesus ensinando a Ele o ofício de carpinteiro.
De acordo com um antiga lenda, Maria e as outras virgens do Templo receberam ordens para retornar a sua casa e se casarem. Quando a Virgem Maria recusou-se, os anciões oraram por instruções e uma voz no Santuário instruiu a eles a chamarem todos os homens que podiam se casar para a Casa de David e para ele deixarem seus cajados no altar do templo durante a noite. Nada aconteceu. Os anciões então chamaram também os viúvos, entre eles estava José. Quando o cajado de José foi encontrado na manhã seguinte coberto de fores (" as flores no bastão de Jesse") a ele foi dito para tomar a Virgem Maria como esposa e a guardasse para O Senhor. Muitas vezes o cajado florido é mostrado como um bastão de lírios"

Fontes
http://digilander.libero.it/monast/giuseppe/porto/patrono.htm
http://www.cademeusanto.com.br/sao_jose.htm

A Vida de São Pedro – “pescador de homens”

foto de 2008

“Pedro, era natural de Betsaida, povoado na Galiléia, localizado às margens do lago de Genesaré, também conhecido como mar de Tiberíades. Era filho de Jonas e pescador de profissão. Tinha, juntamente com seu irmão André e com Tiago e João, filho de Zebedeu, uma pequena frota de barcos pesqueiros. São Pedro deixou tudo para seguir Jesus Cristo.

[Após a crucificação de Jesus de Nazaré] São Pedro enfrenta o grande teste de sua humildade. Ele deve se conformar à fraqueza, e manifesta isto na covardia de sua tríplice negação. Mas nem essa tríplice negação, chorada amargamente por ele, nem a dor e o arrependimento, traduzidos num copioso pranto, diminuíram sua confiança e seu amor ardente pelo mestre. Também o mestre não diminuiu sua ternura pelo discípulo que lhe era tão caro. Ao contrário, demonstrou-a claramente nas perguntas que lhe dirigiu junto ao mar de Tiberíades poucos dias antes de sua ascensão: "Pedro, tu me amas?". E após a resposta afirmativa, com estas palavras "Apascenta meus cordeiros", Jesus o confirmou no primado da igreja e lhe entregou todo o rebanho.

Corria o ano de 64 e ele se encontrava encarcerado. Tiraram-no do cárcere e o levaram para ser crucificado, mas ele conseguiu que os carrascos o pregassem na cruz de cabeça para baixo, porque não se achava digno de ser tratado como seu divino mestre.”

Padroeiro: dos Papas e dos pescadores

“Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha, que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa"pedra" ou "rocha". A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com Igreja Católica em Mt 16, 18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado[8] nos céus” (Mt 16, 16:19).
Pedro foi o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma (a Santa Sé), sendo-lhe concedido o título de Príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa. Pedro foi o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; daí vêm os títulos "Apostólica" e "Romana".

Segundo o Evangelho de São Lucas, Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão de gente que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar redes com São Tiago e João, seus sócios, concedeu-lhe o lugar na barca que foi afastada um pouco da margem. No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes.

Fontes: http://www.geocities.com/doceara1/VidaSPedro.htm
Wikipédia

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

São Sebastião

Foto de 2007

A paróquia de São Sebastião é a igreja responsável pela realização das festas em honra de Nossa Senhora da Tróia, localiza-se em pleno bairro das fontainhas em Setúbal,e é de onde partem as imagens até ao cais de Setúbal onde muitas embarcações as esperam para as transportar para a Caldeira de Tróia.
Aquele bairro, desde sempre caracterizado por ser bairro de pescadores, de traça castiça, com ruas estreitas e ingremes, e com um miradouro com uma vista única sobre a cidade e o seu rio, nos dias de hoje já pouco tem de actividade piscatória, mas a tradição mantém-se, está escrita nas calçadas e nas ruas estreitas que recebem Nossa Senhora uma vez por ano.
São Sebastião, padroeiro da paróquia com o mesmo nome, é invocado como protector da peste, guerra e fome, situações que muitas vezes, ao longo da história, afectaram os cidadãos da nossa cidade. A sua imagem, que também participa nestas festas, conta-nos a sua história como Mártir, a força que ele tinha e a fé que o guiou. História essa que irei transcrever abaixo.

Foto de 2008

"Mártir cristão, nascido segundo alguns em Milão, cidade de sua mãe, e segundo outros em Narbona, terra natal de seu pai, São Sebastião passou a maior parte de sua vida em Roma. Servindo o imperador Diocleciano, Sebastião era um soldado do exército romano mas também um cristão que procurava divulgar a sua fé. Numa altura em que os cristãos eram perseguidos, acabou por ser denunciado e preso pelas tropas romanas.
O imperador Diocleciano tentou levar Sebastião a renunciar à fé cristã. Mas os seus esforços foram em vão e o jovem soldado foi condenado à morte. Sebastião foi amarrado a uma árvore e vários arqueiros atiraram sobre si. Crivado de flechas, São Sebastião foi encontrado por Irene, uma cristã, que, ao retirá-lo da árvore onde seus algozes o haviam amarrado, verificou que o mártir ainda estava vivo. A mulher levou-o para sua casa, onde Sebastião se restabeleceu em poucos dias.
Uma vez restabelecido e apesar das súplicas dos cristãos, São Sebastião decidiu apresentar-se ao imperador para cumprir a sua pena. Diocleciano não hesitou e ordenou que o mártir fosse açoitado até morrer. Cumprida a sentença, o cadáver de São Sebastião foi atirado na cloaca de Roma, onde, uma vez mais, seria descoberto por uma mulher. Desta feita, tratava-se de Lucina, a quem o santo apareceu em sonho, pedindo que o sepultasse nas catacumbas, ao lado dos apóstolos.
Próximo de sepultura de São Sebastião, junto à Via Ápia em Roma, foi posteriormente construída uma basílica em sua honra. Durante a Idade Média, este templo tornou-se num centro popular de devoção e peregrinações.
Invocado como protector contra a peste, a guerra e a fome, São Sebastião sempre foi alvo de grande devoção por parte dos portugueses. Devoção essa que foi ainda mais reforçada pelo facto do rei D. Sebastião, cujo nascimento evitou a união entre as coroas portuguesa e espanhola, ter nascido a 20 de Janeiro, dia em que se celebra o mártir."

fonte: http://www.ecclesia.pt/ssebastiaosetubal/

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Já está a andar!

De 22 a 24 de Agosto

Festa em honra de N.ª S.ª do Rosário de Tróia
A Festa da Tróia vai realizar-se entre os dias 22 e 24, na Caldeira. Do programa já posto a circular, consta, nas vésperas (dias 20 e 21), à noite, na Igreja de S. Sebastião, o tríduo em honra de N.ª S.ª do Rosário.

Sábado, dia 22, às 15 horas, haverá celebração de missa por alma dos marítimos falecidos, em S. Sebastião, de onde sairá a procissão para o cais das Fontaínhas, com o embarque das imagens religiosas rumo à Caldeira, a bordo de embarcações pesqueiras. Á noite (21.30 h.) neste local, haverá procissão das velas pela praia, seguida de baile e arraial.

No Domingo, dia 23, a manhã será preenchida com a celebração de missa, junto à capela da Caldeira, seguida da procissão pela praia. À tarde, divertimentos e concurso de barcos engalanados. À noite, haverá baile, arraial e fogo-de-artifício.

Segunda-feira, dia 24, será o último dia desta tradicional festa dos pescadores setubalenses. Da parte da manhã, haverá missa, divertimentos, jogos na praia e a distribuição de prémios do concurso de barcos engalanados. Com partida aprazada para as 17 h. da Caldeira está o círio fluvial, com as sagradas imagens a viajarem à proa das embarcações pesqueiras e certamente uma multidão vai aguardar na muralha ribeirinha a chegada dos barcos a Setúbal.

Retirado do Jornal "O Setubalense" 13/07/2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Uma das orações mais bonitas dedicada á Mãe dos pescadores


Mãe dos Jovens

Mãe, ouve-me!
Minha prece é um grito na noite…
Mãe, vale-me!
Nesta noite da minha juventude…
Mãe, salva-me!
Mil perigos me assaltam na vida…
Mãe, enche-me!
De esperança de amor e de fé.
Mãe, guia-me,
Pois nas sombras não vejo o caminho!
Mãe leva-me,
Que a teu lado feliz cantarei!

Mãe - uma flor…
Uma flor com espinhos é bela!
Mãe - um amor…
Um amor é feliz ao nascer!
Mãe, a sorrir…
Mesmo quando se chora na alma.
Mãe, construir…
Mesmo quando se volta a cair.
Mãe, não sou mais
Que o desejo e a carne que lutam.
Mãe, sou só teu:
Em teus braços me quero abrigar.

16, 17 e 18 de Agosto de 2008





Algumas imagens da festa do Ano passado.

O inicio


A vida é feita de partilhas, umas melhores que outras, com mais ou menos interesse, algumas mais alegres outras menos. E tendo em conta o ditado sueco "Alegria partilhada é alegria dobrada; tristeza partilhada é tristeza dividida pela metade" gostava de partilhar convosco uma bela tradição que comigo foi também partilhada e por mim vivenciada: as Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia e todas as histórias que a ela estão associadas e me foram contando.
Apenas tenho 23 anitos de festa...10 dos quais andava eu mais preocupada com os foguetes e entretida a apanhar conchinhas e dar mergulhos na bela da caldeira do que noutra coisa, porém mais tarde senti curiosidade em conhecer aquelas pessoas, aquelas histórias, compreender o motivo que levava tanta gente áquele cantinho de Tróia durante um belo fim de semana de Agosto e por vezes até mais tempo.
Nunca contabilizei as despesas de quem fica lá a acampar (eu fico normalmente uma semana), mas prometo que este ano o vou fazer, para puder ter uma ideia se ficaria mais barato ir uma semana de férias para o Algarve, sem chatices, stresses e sem o trabalho que dá levar todos os apetrechos do acampamento!
Vou em familia, somos perto de (deixa cá fazer as contas) 40 pessoas durante os 3 dias de festa a acampar, mais umas 11 que vão apenas lá passar o dia, nos outros dias ficamos reduzidos a 30, depende dos anos, no entanto desde miuda que sempre foi assim, a festa mantem-se praticamente igual, claro com melhores condições higiénicas e de segurança.
É um ritual, algo que nos foi passado pelos nossos pais, eu gosto de dizer que já nasceu connosco, mas no fundo é uma história que me fascina, uma tradição humilde e de festa que eu quero muito partilhar e deixar prova desde as origens aos dias de hoje.

Fica já o convite se alguém quiser contribuir eu agradeço bastante!

Não podemos deixar morrer as tradições, pois só quando descobrirmos de onde viemos é que saberemos para onde vamos.

Tânia